NO CORPO QUE ME ABRISTE ...
No corpo que me abriste, com amor,
Com amor lancei minha semente.
E a seiva germinou e se fez flor
E o verbo tomou forma e se fez gente
.
E quando sobre nós, lançando a dor
Nos separa o fascismo prepotente,
Tu não estavas só, pois em amor
Crescia a nossa filha no teu ventre
.
Recordo a tua imagem sorridente
Passando junto aos muros da prisão
(Por trás a velha Sé, o Tejo em frente)
.
E eu, preso à doçura da visão,
Bebendo no teu riso transparente
O orgulho que te enchia o coração
19 Comments:
Meu amigo
Que força é essa
Que escrita é essa
Que amor é esse
que põe lágrimas nos meus olhos
Que beleza é essa amigo
que trazes no peito
que da dor fizeste riso, orgulho e docura.
Que dom é esse
Que tua poesia tem
que me pôe lagrimas nos olhos
e me faz orgulhar de ter o previlégio de te ler.
Lindo meu amigo... tu e o que escreves.
Isabel
Sendo eu tão diferente te ti é tão prazeiroso ler-te.
Aprendo contigo.
Até breve meu amigo.
Isabel
Que generosidade é essa, Amiga Isabel, que dom é esse de falar do trabalho dos outros de uma maneira tal e tao bonita, que até me deixa "sem jeito", como dizem os brasileiros?
Considero este teu comentário como um incentivo que me obriga a fazer melhor.
Obrigado, Amiga
Um abraço
Que doce este poema António! Gostei muito! Obrigada pelas palavras no eco, mas de facto, o meu tempo acaba por não ser o tempo dos outros. Para mim tudo já devia ser sido ou dito e não tenho tempo de esperar! Hoje coloquei 2 poemas e só reparaste num!! Eh eh beijos com toda a minha ternura.
e sabes que eu, ainda criança, fui com ela visitar-te ao Aljube?
Isso marcou-me para sempre e fez-me sentir muito orgulhoso de ti toda a vida, primo gouveia como eras conhecido!
E a Nina muito bonita, muito magra e elegante ia de facto num misto de ternura e de vaidade ver-te. Isto ficou-me sempre na memória e revejo-me em relação a ti da mesma forma juvenil como sempre viste e sentiste em relação ao teu irmão Zé. Compreendo como o vês porque te vejo um pouco assim também. E tenho agora 58 anos!!!! um grande abraço e parabens pela tua poesia que só conheci ao fim destes anos todos, aqui na net.
Rogério
Pois é Rogério, Como o tempo passou! Eras um menino, nessa altura. Sinto-me desvanecido com os sentimentos que consegui (malgré-moi)inspirar-te. Que mais pode um homem da minha idade ambiconar do que merecer o respeito dos mais novos?!
Obriggado Rogério
Um grande abraço
do "primo Gouveia"
um abraço, meu caro amigo. o teu soneto está excelente. comovente essa partilha amorosa...
Como dominas bem o soneto. E que história de vida a tua. Tive amigos com histórias semelhantes.
O teu encontro com o teu primo aqui é comovente.
Beijo.
Irrepreensível, António. Quem sabe, faz assim:)
Mais uma vez de imensa ternura.
Um abaço e um profundo respeito pela pessoa que é.
Parecem-me memórias do tempo passado... escritas de uma forma tão doce e carinhosa, que apenas se pode sorrir após a sua leitura.
E o António continua a surpreender-me!
Beijinhos
O amigo tem mão ... e coração para o soneto e difícil que ele é! E, se me dá liciença, gostaria aqui de felicitar a sua mulher, pela inspiração que tem sido em toda a vossa vida.
Um abraço.
Antonio, que força, que amor este amor tão grande, só mesmo de um grande homem como tu! bem hajas sofia
PS: hoje lembrei-me de um post que me deixaste não há muito tempo e falei em ti bjs meus
Passei para desejar óptimo fim-de-semana e apreciar esta interessante página, onde impera a qualidade e bom gosto.
Olá António!!!
mas que lindo! ès um jovem do século xxi, acredita!!Porque a nossa idade não corresponde ao B.I., mas sim á que temos no nosso coração! E pessoas como tu, são sempre jovens!!!
Gostei muito!!!
Beijinhos!!!
:))
Uma bela homenagem a quem em tempos neste cantinho à beira-mar, foi privado de poder ser feliz...
Saudações!
... e eu fiquei presa às tuas palavras! Que bela homenagem à fecundidade da Mulher, a um passado que ficará presente em memória ( e agora escrita9) e partilhado no Amor.
Que bela visão essa que apresentas, do amor mulher, que observas ainda na tua memória.
Ler-te, é descobrir um mundo, não virtual, mas real, que aqui partilhas com tanta transparência, que é como se o tivessemos vivido também.
Aquilo que partilhas em muitos locais da net (que lá tive o prazer de ler) é de uma riqueza tal, que me honra muito ler-te!
Um abraço carinhoso e grata pela partilha
Olá António são sabias as tuas palavras, quem me dera ser sábia um dia também... bjs sofia
Este poema é um hino ao amor, um ode à resistência e à luta!
Um beijo
Antonio, Seu poema deveria ser "leitura obrigatória" aos homens como é o serviço militar.
Tenho certeza de que haveriam mais mulheres amadas e felizes.
è gratificante ver tamanha beleza traduzida por um homem em forma de poema.
Pra você minha admiração e um beijo afetuoso.
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