AMAR-TE É COMO...
Amar-te é como ir pela manhã
A uma roseira em flor
e recolher
a mais louçã
Das perfumadas rosas que tiver;
Ou como, a rir, morder uma romã
Ou a sonhar colher um malmequer ...
É como caminhar por uma estrada
novinha ... ainda por inaugurar
E desenhar os pés descalços na geada,
De leve, para não a macular.
E é prosseguir assim a caminhada
sem destino ... nem pressa de chegar ...
É, numa vinha, à hora do sol-pôr,
Espremer um cacho de uvas sazonado
E embriagar-me depois com o licor
Delicioso do vinho derramado
A chiar no barro cheio de frescor
Da taça esguia do teu corpo amado
17 Comments:
António
Sim, acho que o amor é tudo isto, e muito mais, muito mais...
Gostei do poema
Um abraço e bom ano de 2007
Olá Antonio, irei comentar as palavras apenas, que gostei, são sensuais e amorosas. mas sabes que mais? não gosto de ver imagens de mulheres nuas nos blogs, acho graça a facilidade como todos o fazem,isto é tornar o corpo de uma mulher uma coisa vulgar e quando são perfeitos ainda é pior o efeito nas mulheres, que só sonham com estas imagens, em vez de gostarem delas proprias como são, se é que me faço entender! mas se eu publicasse imagens de homens nús pefeitos isso já seria outra coisa não concorda meu caro amigo?sofia
Olá Sofia,
Concordo, sim senhora. mas repara que eu, as duas ou três vezes que ilustrei um poema com a figura feminina, fi-lo sempre com uma uma conhecida obrade arte, "As três Graças", um nu de Modlgiani e esta de hoje que é uma estilização apenas. Nunca poria aqui uma brasa de calendário.
Mas compreendo o teu ponto de vista
Lindo.
Como tudo o que escreves.
Tocante.
Como tudo o que escreves.
Desta vez entra a pureza e a ousadia.
Gosto.
Gosto até da mulher nua contrastando com alguma pureza ou até inocência nas palavras.
Sou uma amante de contrastes.
É bom estar de volta.
Ter voltado a escrever.
Ter vindo ler-te.
Obrigada pelo momento.
Isabel
Um belo, belo poema de amor. Claro que o amor não é só isto. Mas é também (e muito) isto.Tinhas estes escritos na gaveta? Isso não se faz. Qe bom haver a blogosfera. Que bom conhecer-te.
Beijinho.
Bem podes dize-lo, Licínia
Não fora a bendita blogosfera e os meus modestos escritos morreriam na gaveta (roidos pela traça, sei lá). Não é que o mundo perdesse grande coisa com isso, mas eu,perdia certamente esta oportunidade de conhecer pessoas que, como tu, têm algo para dizer e para partilhar e com generosidade o fazem
Beijinho
Uma excelente forma de começar o ano.
Saudações e um óptimo 2007!
Gosto de ler a tua poesia, tão cheia de sensibilidade...
Um abraço e bom 2007 ;)
Adorável!! Delicioso! Adoro o poema. Beijos meus.
António, é lindo, lindo, lindo!!!!!
E se alguém me escrevesse uma coisa assim tão linda?!?!? Seria amor concerteza.
Ai, ai....
Beijinhos
Caro António: Passei para ver como ia o Ano Novo, e com agrado constato que a qualidade é a de sempre, igual ao ano anterior, sendo imprescindível vir aqui. Resta desejar Bom Ano e óptima semana, e já agora, faça o favor de ser feliz.
Meu amigo, apesar de em silêncio tenho passado por aqui, foi asim que conheci a sua tia Beatriz, o "avô" Guerra Junqueiro e agora este ensaio sobre o amor. É muito bom passar por cá.
Deixo um abraço e votos de um óptimo ano.
um poema refrescante como uma manhã de orvalho. saboroso como uma romã saboreada bago a bago...
excelente. abraços
Porque mudaste a fotografia?
LOL
Bom fds
Olá, António! Cheguei hoje aqui por uma diga do Roadrunner, e não é que encontro um blogueiro mais próximo da minha geração do que os restantes? Muito bem! Parabéns pelo blog (ou são 2?)e, já agora, parabéns pelo poema.Vou andar mais por aí, para conhecer melhor os 'Escritos Outonais'.
Eu também já cheguei ao outono...
Um abraço da Madeira.
António meu doce amigo, tu sim embriagas quem te lê
a tua sensibilidade é tanta que transborda em cada verso teu
as tuas palavras na minha cabana, foram lindas, mas o mérito foi mais do Luís Gaspar que disse tão bem, como já é seu hábito, eu fui uma ponta de um alfinete em tudo o que aconteceu
virei sempre ler-te, virei sempre deliciar-me com as tuas partilhas, muitas vezes sem me sentires talvez, mas estou aqui e consigo sentir-te
excelente este teu poema, toca-me deliciosamente
abraço-te sempre com uma enorme ternura e fica um beijo meu
lena
Antonio,
Parabéns seu blog e maravilhoso.
Um abraço
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