9.18.2007

O NOSSO RIO (mais uma estória de putos)


Apesar da curta distância que o separa de Moscavide, até meados dos anos quarenta do século passado (a estranheza que se sente e o gozo que dá falar assim da centúria de anos que ainda há escassos meses se extinguiu!) o rio estava quase totalmente fora do alcance dos seus habitantes.

Para chegar a essa imensa superfície líquida, a que a gente na época apelidava de “mar”, havia que transpor vários obstáculos ou caminhar longas distâncias que os adultos, especialmente os do sexo feminino, dificilmente se dispunham a enfrentar.

Primeiro, havia a via férrea, ladeada de uma vedação de altas chulipas e dióspiros, correndo paralelamente ao rio. Em seguida interpunha-se uma sucessão de propriedades particulares (tais como, no sentido norte-sul, a Quinta Velha, a Quinta do Vale de Alcaide, o Campo oriental) ou do Estado, tal como o Depósito de armas e munições de Beirolas e, mais tarde, o Matadouro Municipal.

Para lá chegar por estrada era necessário passar as “Portas”, calcorrear a Estrada de Moscavide até à estação dos Olivais, atravessar a linha férrea, subir a rua paralela, conhecida popularmente como “Rua Nova”, mas que já à época se chamava oficialmente Rua Conselheiro Ferreira do Amaral, até à casa do “Caga-à-Janela, continuar descendo a mesma rua, até chegar junto ao velho casarão da sede do Rua Nova Futebol Clube (que anos mais tarde havia de dar lugar ao "Clube Desportivo Olivais-Moscavide”, sendo nesta última vila que ainda hoje tem a sua sede e insatalações desportivas.


Cabe aqui referir que o “caga-à-janela” era um pobre sapateiro, preto, que morava numa das velhas casas térreas que se estendiam por todo lado direito da referida rua. Não sei se o homem fazia jus à escatológica e acrobática alcunha porque era conhecido, embora não me surpreendesse demasiado se, em tempos onde tudo se fazia na rua, ele, para encurtar caminho, e não dispondo de retrete (quem é que dispunha desse luxo naqueles sítios!) de noite, em vez de perder tempo a espremer-se no penico, cujo conteúdo haveria posteriormente de lançar à rua, se limitasse a, muito calmamente, subir para um banquinho, pôr a peidola de fora da janela e defecar directamente para a valeta da via pública, da qual não se distanciava em altura mais de um metro, seguramente. Isto são presunções minhas, mas o extravagante epíteto não deve ter surgido do nada. Uma coisa eu posso dizer, pois a presenciei inúmeras vezes. Era por essa mesma janela que os filhos, garotos endiabrados, verdadeiros índios, constatemente entravam e saiam de casa, ignorando, por inútil, a velha porta de madeira, carunchosa certamente, a avaliar pelo aspecto degradado das paredes.

Mas voltando ao fio da história: chegados ao fundo da rua, e à sede do Clube, estava-se no coração da Rua Nova pequeno lugarejo piscatório. Aí era virar à direita, ladear ou atravessar o campo de futebol, cercado de charcos e de lodo, no meio do qual cresciam salgadeiras e canas de sumaúma, e só então se chegava ao dique de terra batida e pedregulhos, onde o rio se confinava, refulgente, imenso, coalhado de vistosas fragatas e coloridas canoas e grávido, então, de uma variedade imensa de peixe e bivalves de toda a espécie.

Em tais condições, e com tantas dificuldades de acesso, só mesmo a malta nova e a garotada, irrequieta por natureza, se dispunha a tão grande e incómoda caminhada para se aproximar do colosso líquido que era o rio, nosso ancestral e eterno vizinho.

A Rua-Nova está associada no meu espírito à mais valente tareia das muitas com que, em garoto, tive o desprazer de ser mimoseado.

Certa manhã, teria eu seis ou sete anos (1935 ou 1936) encontrei o mais assíduo dos meus vizinhos e amigos, o João Caetano, conhecido por João Formiga, para mais um prometedor dia de brincadeira – a única coisa que sabíamos fazer e fazíamos com gosto, como se calcula. Nesse dia, porém, não estávamos virados para o jogo do bilas ou da macaca no Beco do Venâncio. Nem tão pouco para corridas de arco ou para um combate de espada com as ripas que costumávamos ir gamar à lenha do João Padeiro. Não. Desta vez o exíguo corpo e a desmedida imaginação pediam-nos voos mais altos.

E vai daí pensámos, e melhor o fizemos, ir “rénar” para a beira do Rio. Lá fomos nós – o Formiga e o Ruço, dois meias-lecas esparvoados – para a tal caminhada que nos iria distanciar cerca de três quilómetros da nossas casas – a dele num pátio da rua António Maria Pais e a minha numa água-furtada da Travessa do Cauteleiro.

Lá passámos a manhã toda, a chafurdar no lodo, correndo atrás dos peixes e caranguejos, à cata de camarões, lapas, lamejinhas, lingueirões e mesmo (pasme-se!) pequenas mas saborosíssimas ostras, nos pilares do cais da Moagem, onde atracavam então enormes e bojudas fragatas, para descarga de cereais e embarque de sacas de farinha.

Quando nos fartámos da pescaria, quais terríveis flibusteiro do mar das caraíbas, emblema dos piratas desenhado com lama no peito e camisa atada na cabeça à guisa de lenço corsário, passámos a “abordar” e tomar de assalto as indefesas canoas varadas no lodo, acabando por adormecermos no fundo de uma delas, de papo para o ar, moles do sol e do cansaço de tanta brincadeira.

Quando acordámos, não fazíamos ideia nenhuma de que horas seriam. Sentimos fome e, apenas por isso, pensámos em regressar a casa. Uma rapariga, porém, reparou no olhar de lobos famélicos que deitávamos ao saco de rede onde transportava pão acabadinho de comprar numa padaria que havia ali perto e deu-nos um grosso naco a cada um.

O pão e a taleigada de bivalves crus que sofregamente deglutimos, tiveram o condão de, mitigada a fome, nos fazer esquecer de novo das horas de voltar, tanto mais que, por essa altura, outros putos lá do sítio se tinham juntado a nós na brincadeira do assalto às canoas e na construção de diques para retenção de alguns dos milhares de pequenos peixes que pululavam nos charcos de água na enorme extensão de lodo deixada a descoberto pela maré vaza.

Já o cair da noite se aproximava, quando um vulto furibundo surgiu na nossa frente agitando um cinto na mão e gritando pelo meu nome. Era o meu pai e não foi exactamente pelo meu nome que chamou mas por um irado e ameaçador “Oh, rapazinho!”. Era assim que ele me chamava, sobretudo quando eu tinha aprontado alguma maroteira. E eu sabia bem demais que este “Oh, rapazinho”, dito no tom com que agora me soara aos ouvidos, tinha fortes probabilidades de ser seguido de uma boa sova.

Com efeito. Pegar-me numa orelha, e começar a arrastar-me por toda aquela lonjura, até casa, dando-me correadas, com o João atrás, sofrendo antecipadamente com a visão do que o esperava, foi obra de um momento.

Claro que em casa voltei a provar “comida de urso” e na verdade bem a merecia, pois os meus pais (sobretudo a minha mãe) tinham passado um dia inteirinho de angústia, procurando por mim em tudo quanto era sítio, principalmente quando passou a hora de almoço sem eu aparecer nem dar sinais de vida.

Seria natural que, depois de tão monumental tareia (“uma daquelas “tareias de criar bicho”, como dizia a minha mãe), jamais tivesse coragem de voltar a desarvorar de casa sem dizer “água vai”. Seria, seria, mas não foi isso que aconteceu. Logo na manhã seguinte encontrei o João que, pelo ar murcho que apresentava, concluí ter levado tratamento igual ao meu. Cabisbaixos, sem trocar uma palavra, começámos a andar, a andar e só parámos, sabem aonde? Exactamente junto ao cais da Moagem, na Rua-Nova, onde tínhamos passado todo o dia da véspera.

É que tínhamos lá deixado uma obra de engenharia muito importante: um dique construído no lodo, para aprisionar pequenos peixes e era para nós de vital importância averiguar “in loco” se a nosso trabalho tinha, ou não, resistido ao avanço da maré. Lá deixámos de novo passar a hora do almoço, lá chegámos a casa vermelhos que nem lagostas cozidas, após dois dias consecutivos à torreira do sol (então eu, que era ruço-de-má-pelo!) e lá levámos cada um, de novo, a nossa respectiva e merecidíssima sova.

Este percurso que nós fizemos para encontrar o rio era o caminho mais fácil, embora mais longo e mais fatigante. Porém, quando a canícula apertava, não havendo nessa altura qualquer piscina nos arredores, a malta, aos magotes, ia em busca dele por outro trajecto mais curto mas mais complicado.

Depois de uma quantas brincadeira e tropelias à sombra das árvores do "Taludo", local aprazível onde então se passavam muitas e boas horas da nossa descuidada infância bastava um lembrar-se de dizer "bora até ao Bico", e logo a tropa-fandaga começava a correr, descendo a pequena ladeira até à via férrea, mesmo ao lado do "Familiar" " e toca de trepar as chulipas (mas era preciso ter cuidado com os “piquerrús” nome que, não sei porquê, dávamos aos operários e vigilantes da linha).

Voltávamos a trepar as chulipas do lado oposto, atravessávamos o Campo Oriental - vasta extensão rectangular coberta unicamente de gramíneas, onde era costume nas tardes de verão ir deitar “papagaios”, que nós próprios confeccionávamos com papel de lustro e finas fasquias de cana, saltávamos o muro da quinta em frente, quase sempre perseguidos por cães de guarda, embrenhávamo-nos nos campos alagadiços de canas de sumaúma e salgadeiras, que antecediam o leito do rio e era em tropel que, já todos em pelota, corríamos para a pequena enseada a que chamávamos “o Bico”, ( o local onde hoje se ergue a Torre Vasco da Gama) os maiores para mergulharem directamente na água, e os mais pequenos para ficarem pelos charcos que a maré vazia deixava em covas abertas no lodo. A escassos metros do Bico, junto ao canavial, ficava o poço do Sarica – um largo poço redondo, de água doce, que sobressaía do solo apenas um escasso palmo, onde os mais atrevidos se vangloriavam de mergulhar, apesar, diziam, da sua imensa fundura. Constava que já lá tinham morrido vários rapazes. Lá que era perigoso era, e uma vez, se não lhe acodem, ficava lá o Sanona – um dos rapazitos de Moscavide muito conhecido nesse tempo.

Chegava a atingir dezenas, o número de rapazes que ali, no Bico e nas imediações do Poço, passavam juntos as longas tardes desses álacres, luminosos e inesquecíveis verões longínquos. Tardes inteiras. Em pelota, como já referi, a mergulhar, a chafurdar no lodo, a correr, a atirar pedras.

Além de aprenderem a nadar (à cão, muitas vezes), os mais pequenos adquiriam ali a sabedoria da vida, de cujo conhecimento os mais crescidos faziam ostensivo alarde. Por vezes, depois do cansaço dos mergulhos, das correrias e da moleza das longas secagens ao sol, lembravam-se alguns de fazer competições de “pívias”. E era vê-los, de pé, ou sentados em fila, perante a expectativa ou incitamento dos restantes, numa azáfama de mãos, que em gestos frenéticos e sacudidos se esforçavam por chegarem em primeiro lugar ao resultado final – àquilo a que eu, na altura ainda longe de praticar tal desporto, havia de classificar, mais tarde, como “a dor boa”.

Certa vez, o António Gajeiro (filho da “Ti Maria Gajeira”, que vendia criação na praça e era primo dos Gajeiros de Sacavém, designadamente do conhecido e renomado fotógrafo Eduardo Gajeiro) um tamanhão barrigudo, mais velho que a maioria dos que nessa altura frequentavam “O Bico” e dotado de um “instrumento” que infundia respeito e me deixava meio atemorizado, pois ignorava que aquilo pudesse crescer tanto, numa altura em que este se encontrava em plena erecção, resolveu pôr-se a nadar de costas, com o dito cujo fora de água, apontando para o céu, enquanto gritava a plenos pulmões “deixem passar que isto é um barco à vela!”. Na verdade o que eu via era apenas o mastro, mas ele lá seguiu todo impante, perante estrepitosas gargalhadas e fartos aplausos da malta.

É então que um outro, o Arsénio, se bem me lembro, surge cortando a água, de rabo para o ar, corpo esticado, pernas batendo na vertical, deixando atrás de si uma esteira fervilhante de espuma, peidando-se de forma contínua e ruidosa e gargalhando despudoradamente, gritava: “arredem que isto é um navio a vapor!”

Foi um gozo, com a malta toda a aplaudir as performances das singulares embarcações.

O Arsénio faleceu faz pouco tempo. O António Gageiro morreu bastante novo. Já lá vão trinta ou quarenta anos.

Outra vez, as nossa brincadeiras foram interrompidas pelos gritos e pelo vulto de uma mulher que, vinda do Sul, dos lados da Rua-Nova, caminhava ao longo do dique, por entre moitas de salgadeiras, em direcção ao local onde nos encontrávamos.

Chamava pelo António (pelo que todos os Antónios, eu incluído, arrebitaram as orelhas entre intrigados e receosos) e agitava no ar um objecto que não conseguíamos identificar. À medida que se aproximava, porém, os gestos e as palavras começaram a ser claramente entendíveis: “Ó António, anda cá António, meu patife. Anda cá que te trago aqui o fato de banho”.

O fato de banho – uma antecipação muito fashion e muito exígua de modas que só mais tarde haveriam de surgir) era um grosso cinto de cabedal que a mãe do António Salgueiro, também meu vizinho e morador num pátio (muitos pátios e vilas havia nesse tempo em Moscavide!) da Rua António Pedro de Carvalho, agitava ameaçadoramente no ar.

Claro que o banho do António Salgueiro (logo agora que lhe tinham trazido o fato!) terminou naquele mesmo instante, seguindo à frente da pobre senhora que, gorda como era, esbaforidamente tentava apanhá-lo. Sendo óbvio que ela não saltara as chulipas como nós, imagine-se a volta que ela tivera de dar até chegar junto do filho com o seu indesejado último modelo de fato de banho. Mais óbvia, porém foi a tareia que o António comeu quando chegou a casa.

Éramos todos iguais e todos frescos!

Mas creiam. As nossa maroteiras eram brincadeiras bem mais inocentes e bem menos danosas do que as “brincadeiras” em que boa parte dos jovens de hoje se envolvem. E isto não é saudosismo. É mera constatação.

Eram assim os nossos tempos de rapaz, de há setenta anos, à beira deste rio que nos era vedado, mas que, tal como nos amores proibidos, sempre achámos maneira de o encontramos, de o desfrutarmos, de o amarmos.

* * *

“O Bico”, há muito que não existe. Do poço do Sarica nem sombras. Grande parte dos que ali brincaram já se foi. Mas o nosso Rio cá continua, formoso, agora mais do que nunca, depois que, na margem do nosso contentamento, no local exacto onde decorreu parte da nossa – da minha - infância, se ergueu a Expo que, se a todos os portugueses encheu de orgulho, a mim me deixou particularmente embevecido. É que o “nosso” Rio foi de facto a grande estrela, a jóia da coroa desse inesquecível evento.

Dantes, éramos um pequeno grupo de putos que naquelas margens nos divertíamos. Agora, são milhares os jovens que ali encontram variadas formas de lazer, divertimento e cultura.

Na verdade, como diz a canção, A velhice vai chegando Os cabelos branqueando... Mas o Tejo é sempre novo...

Abril de 2001

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Nota,: com prejuízo embora da fluidez da escrita, fiz questão em referir nomes de sítios e lugares que não mais existem. É que, como sempre digo, os mortos só o são verdadeiramente quando ninguém mais deles fala ou deles se não recorda. Assim são os lugares. E tanto como as pessoas a memória dos lugares deve ser preservada. Fazem parte da nossa memória colectiva. Pode a mais ninguém importar, mas a mim importa. E disso faço questão.

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20 Comments:

Blogger Isabel said...

Meu amigo, és de facto especial.
Nunca hei-de saber explicar-te como vivo intensamente as histórias que contas.
Acho que ao ler-te todo o tipo de expressões passam pelo meu rosto, riu, as vezes riu às gargalhadas, comovo-me, até uma lágrima ou outra surge de quando em quando, recordo-me, aprendo, penso, sonho, imagino, tenho momentos de nostalgia, outros de esperança, mas todos, todos os pedacinhos a ler-te valem a pena.
O que eu ri com este teu texto e com as vossas tropelias, não muito diferentes das minhas com essa idade pois eu era a chamada " Maria rapaz" e tinha um grupinho de miúdos da minha idade com os quais passava o dia em aventuras muitas vezes arriscadas como as vossas. Não levava tareias mas fazia a minha avó andar horas a fio à minha procura porque eu tal como tu desaparecia e perdia o tino às horas. Quando a coitada me encontrava eu fugia e ela lá vinha atrás de mim de vassoura na mão enquanto eu corria rua a cima rua abaixo até me cansar da brincadeira. Ser puto é tão bom.
Que boas são as recordações que tenho apesar de eu nessa altura já ser uma miúda meia tristonha sem parecer.
Tens uma incrível capacidade de nos mostrares o que viveste com as palavras, como se passasses um filme a preto e branco à frente dos nossos olhos.
Adoro todos os pormenores, os nomes das pessoas e dos sítios, as alcunhas, a linguagem, as descrições, adoro ler-te pronto.
Acho a tua escrita verdadeiramente genial.
É próxima.
Quase toca quem te lê.
Que bom começo de dia este...
Um abraço enorme e cheio de carinho para ti meu amigo, António.

Isabel

19 setembro, 2007 10:20  
Blogger ROADRUNNER said...

Fabuloso!
Até eu com quase 40 anos de idade de diferença me recordo perfeitamente de muitas das coisas relatadas e ainda cheguei a mandar uns mergulhos junto à doca com lodo à mistura.
O Matadouro, o Familiar, o quartel, a feira, toda aquela zona de Beirolas fazem parte da minha infância. Por lá jogava-se à bola, apanhavam-se passarinhos, andava-se de bicicleta, ou como já disse mandavam-se umas cacholadas com sabor a lodo e outras coisas...
É bom recordar esses tempos, não tão velhos tempos como os seus, mas mesmo assim já distantes.
Saudações Moscavidenses!

19 setembro, 2007 12:58  
Blogger António Melenas said...

Pois é, as histórias da infância sempre nos tocam.
Qunado à doca a que o Roadrunner se refere, onde poisavam os "clipers" e se trasformou posteriormente na actual marina, ainda não existia nos tempos a que esta história se refere.
O "Bico" da história ficava mais ou menos no local onde hoje se ergue a Torre Vasco da Gama.
As brincadeiras , essas sim não deviam ser muito diferentes.

19 setembro, 2007 13:25  
Blogger Paulo said...

Neste post conheci pretéritos antes de mim. Quando os meus cabelos branquearem não sei se o tejo continuará a ser sempre novo...
A mocidade, para mim, só agora começou...e, não havendo, por isso, cabelos "branqueando" há recordações do tejo e dos seus segredos....
Abraço
Paulo

19 setembro, 2007 16:01  
Blogger Eme said...

Estou tão encantada que até me faltam as palavras. Acredita. É simplesmente divinal como consegues captar a total atenção ao conto,sem cansaço ou tédio. E sobretudo, com um sorriso na cara desde o princípio ao fim. Grande António,sim tu és grande. És uma biblioteca valiosa. Adoro-te homem. Obrigada pela partilha. Beijo grande

19 setembro, 2007 20:15  
Blogger Pepe Luigi said...

Caro Amigo
Impagável!
A Isabel classificou esta tua formidável história real como um filme a preto e branco.
Não a desmerecendo, será realmente um filme passado a preto e branco verdadeiramente transmitido a cores e a três dimensões.

Um abraço.

19 setembro, 2007 22:14  
Anonymous Anónimo said...

Caro António,

cá estou eu, de vez em quando, a espreitar o seu blog. E não há como o deixar de o desejar fazer! Você, como já lhe disse, tem uma maneira própria de se expressar, muito cativante, muito familiar e poética. Ainda bem que se dá ao trabalho. Tem muitos fãs e a internet é de facto, um veículo mais apropriado e imediato que um livro.

As suas histórias são sempre emocionantes. Esta não é diferente. É um legado que coloca há disposição de todos, para sempre.

"Caga-á-janela"!!! Há,há,há!! Com cada alcunha que cada qual carregava naquele tempo! Só me faz rir de contente!

Meus cabelos também não são cinzentos mas como entende concerteza, as suas histórias atraiem qualquer pessoa, de qualquer idade e vivência. Adoro ler o que escreve.

Quando a ocasião se apresenta, falo deste seu blog a outras pessoas, para que também elas possam conhecer o que faz.

Desculpe o comentário alongado. Mas merece-o!

Sua fã,
Cristina

19 setembro, 2007 23:49  
Blogger Maria said...

Meu querido António

Se soubesses o quanto me ri com algumas partes da tua estória de putos....
Já ontem tinha começado a ler, mas depois tive uma avaria no sistema e desisti de tentar resolver.
Mas não podia deixar de ler hoje o resto da estória, que é um retrato fiel dos moços da tua época (quase da minha, também, quase...)
Sabes, nós éramos nove primos, com 10 anos de diferença de idades entre o mais velho e o mais novo. Púnhamos os cabelos da minha avó em pé, que corria atrás de nós às vezes com uma colher de pau, mas que nunca nos apanhava....
Também éramos "frescos".
Enfim, memória de meninice e de "putos frescos" que aqui trazes e que me souberam tão bem ler...

Obrigada, meu Amigo.
Desejo-te rápidas melhoras

Beijinhos

20 setembro, 2007 03:21  
Blogger Paula Raposo said...

Mais uma deliciosa história dos teus tempos de infância. Deleito-me a ler-te...sabes que o António Pedro de Carvalho é o meu trisavô? Muitos beijos para ti, embevecida nesta tua memória.

21 setembro, 2007 10:24  
Blogger Páginas Soltas said...

Uma delicía ler o que tens para nos contar!

Leio palavra a palavra... frase a frase.. com o mesmo enlevo desde o inicio até ao fim!

Obrigada por EXISTIRES meu querido amigo Escritor / Poeta!

Beijos da

Maria

21 setembro, 2007 14:17  
Blogger Bichodeconta said...

António quando eu crescer quero ser assim!! Quero saber contar histórias da infancia desta forma prezerosa que me prende , me fascina, me dá vontade de eternizar cada história..Este talento é desmedido, pena não publicar tanto os poemas como algumas prosas que me deliciam, que me fazem voltar a este lugar.. Um abraço grande António, é sempre gratificante a visita que lhe faço, boa semana, ell

21 setembro, 2007 21:56  
Blogger Odele Souza said...

Antonio,

Contar histórias não é para qualquer um não. Você é um maravilhoso contador de histórias.
Ler-te é sempre uma delícia.

Um beijo e bom fim de semana.

22 setembro, 2007 05:11  
Blogger Manuel Veiga said...

as tuas histórias de infância são excelentes. muito bem escritas. e valem pelo que dizem e pelo que nelas se lê, sem ser escrito...

abraços

24 setembro, 2007 17:12  
Blogger Unknown said...

Encantada, simplesmente encantada, ai se o Tejo falasse...

24 setembro, 2007 22:27  
Anonymous Anónimo said...

..o tejo é sempre novo, assim como tu perdurarás como o mais belo e cativante dos poetas á beira rio meu querido e impagável contador de histórias.são uma delicia do principio ao fim;(quase que vislumbrei ao cimo da água aquele barco a vapor..heheee..)o máximo!.adorei e amei e voltei a reler,..e ADORO-TE MUITO.
MIL BEIJÔES.

25 setembro, 2007 16:56  
Blogger António Melenas said...

Esta Nena é uma exagerada... e uma brincalhona.
I Love you too, Nena
beijinhos

25 setembro, 2007 19:55  
Anonymous Anónimo said...

Outra história cheia de boas lembranças António... e ditas por si têm um piadão do caraças... as escapadelas, as pescas até às tantas, as surras, o "gosto" de esmorrar as pernas em pontas mais afiadas no rio, as longas caminhadas que não são nada enquanto putos... e o "cága-à-janela" pois, que outra coisa se poderia fazer na altura... tou a sorrir!!!

E o tempo vai passando, os cabelos esbranquiçando, e no meu caso não é Tejo mas sim o Douro... continua lindo e sempre novo!

È um prazer enorme lê-lo!!!

Abraço!!

26 setembro, 2007 07:13  
Blogger Páginas Soltas said...

Passei para de deixar um beijo... E aproveitei para reler esta bela crónica!

Sempre amiga

Maria

26 setembro, 2007 15:16  
Blogger sofialisboa said...

Olá caro antonio, estas historias são mesmo as minhas favoritas, é uma delicia, um passeio pelo passado, é bom ler...sofialisboa

26 setembro, 2007 15:37  
Blogger *Um Momento* said...

Regresso ao passado por tão belas palavras meu Amigo
Uma delicia
E sim o tejo é sempre novo, e com a sua beleza nos encanta

Um beijo agradecido e tarde linda
(*)

27 setembro, 2007 17:12  

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