6.06.2007

QUANDO ESTIVERES TRISTE

Foto de António Melenas
_________

Quando estiveres triste,
Amor,

e não souberes porquê ...

E o mundo inteiro
à tua volta pareça desabar ...

Quando
te apetecer gritar ...

Quando
inexplicavelmente só

te sintas

em meio à multidão

e, perdida,
não saibas que fazer ...

Quando
te sentires vazia

como um balão furado,

amarfanhada
como um vestido
de baile

após o Carnaval ...

Quando
estiveres confusa,

indecisa,

angustiada,
como, sem mo dizeres,
eu sei que estás, por vezes...

Então, Amor

basta que venhas

junto a mim
e no meu peito

confiadamente

repouses tua fronte.
para eu conhecer toda a tristeza
que os teus olhos mudos

me dirão.

Não te farei perguntas
nem direi

as palavras idiotas

que, longe de ajudar,

só ferem, nessa altura.

Apenas te prenderei
pela cintura

e em silêncio,

longamente,

afagarei os teus cabelos,

até que a angústia
de todo te abandone

e não te sintas só,

porque eu estou contigo
sempre,

meu Amor.

*****

22 Comments:

Blogger Paula Raposo said...

E se este poema me fosse dirigido eu não estaria triste, nunca mais!! Muitos beijos para ti.

06 junho, 2007 20:43  
Blogger Cris said...

António, palavras que tudo dizem e puro amor confessam... "entrou cá dentro"

um beijinho
Cris

06 junho, 2007 22:00  
Blogger Bichodeconta said...

Ó António o poema é muito bonito, mas deixe-me agradecer as flores.. São as minhas preferidas.. Orquideas.. Adoro.. Sempre que posso presenteio-me com um ramo das ditas.. São caras, mas vale a pena pela duração que tem.. Passei para ver as novidaes e como sempre não dei o tempo por mal empregue... Um abraço .. Bom feriado...

07 junho, 2007 00:07  
Blogger Manuel Veiga said...

terno e belo tal Amor...

com a pureza matinal da açucena!
excelente.

abraços

07 junho, 2007 00:38  
Blogger Páginas Soltas said...

Além do poema lindissimo, a que nos já habituaste...vejo uma orquídea na foto!

Se te disser que é da mesma tonalidade das minhas?!!

Todo um conjunto de encantamento!!

Bom feriado meu querido amigo!

Beijos da

Maria

07 junho, 2007 05:18  
Anonymous Anónimo said...

Excelente carta de amor ternurenta, nestas palavras respirasse a candura dos afectos e carinhos! Mais os aromas das flores para enlevar os sentimentos! Muito bom. Abraço António...

07 junho, 2007 05:51  
Blogger Rosa Brava said...

"...E o mundo inteiro
à tua volta pareça desabar...
Quando,
sem razão,
te apetecer gritar...
Quando
inexplicavelmente só
te sintas
em meio à multidão
e, perdida,
não saibas que fazer..."


Emocionou-me...(não te vou dizer porquê...)

Deixo um abraço carinhoso, foste como um ombro Amigo que agora tive...grata por isso...é bom ler-te.

Que tenhas um bom feriado ;))

07 junho, 2007 15:52  
Blogger Pepe Luigi said...

Caro António,

Belíssima ode ao amor, descrito por um terno e encantador poema!

Um abraço e um bom fim de semana que se avizinha.

07 junho, 2007 21:59  
Anonymous Anónimo said...

Por alguma razão escolheste este hoje.. Esta tristeza não estará a sair igualmente da alma e da mão de quem escreveu este poema? É que tem uma aura.. tem algo que não sei explicar. Talvez seja eu apenas que ande melancólica. Talvez..
Abraço querido António.

08 junho, 2007 00:08  
Blogger lylybety said...

olá começo por elogiar os seus blogss, tem coisas muito interessantes. Continuo, agradecendo a vizita que fez ao meu
blog gotas de vida, e pela apreciação ao que lá escrevi.Informo de que tenho estado inactiva, e, que aqueles foram os meus primeiros poemas. O meu forte, ou será o meu fraco? é o soneto. Termino por dizer que só é velho quem se deixa envelhecer, o sr diz ter 75 anos, eu tenho menos 10, como vê a diferença não é muita. Quanto a ser louco, viva a loucura quando é saudável!
Um beijinho
Lylybety

08 junho, 2007 06:01  
Blogger 100smog lda. said...

visita e comenta!!! obrigado pelas visitas e pela força! eheheh passa por lá e reenvia aos teus contactos http://www.algoespecial-almadavelha.blogspot.com/ Já sabesbrevemente irá nascer algo especial em Almada Velha contamos contigo! Obrigadinho lol

08 junho, 2007 12:09  
Blogger Bichodeconta said...

Venho de longe.. de muito longe.. Olá António, vim sobretudo "cheirar" as orquidias do seu jardim... Adoro orquidias.. e todas as flores mas sobretudo as campestres... Aquele abraço...

08 junho, 2007 12:35  
Blogger Cusco said...

Olá!
Obrigado pela sempre simpática visita e comentário nas minhas Viagens.
Obrigado pelos conselhos que posso retirar deste poema.
Também vou tentar guardar as perguntas parvas e as palavras idiotas que por vezes teimam em sair!
Um abraço e um bom fim-de-semana.
Até breve!

08 junho, 2007 12:52  
Blogger sofialisboa said...

são lindos os teus poemas de amor, mas este é o mais bonito de todos, sem mais palavras sofialisboa

08 junho, 2007 15:06  
Blogger Menina do Rio said...

Quando estamos tristes, tudo o que queremos é um peito onde aconchegar-se num abraço...

beijos

08 junho, 2007 18:37  
Blogger LurdesMartins said...

Ó António, por acaso não sabia ter feito um filho além da filha, que saísse assim...ao pai?! É que um poema destes faz qualquer mulher desejar ouvir estas palavras! O homem que me falasse assim, com jeitinho levava-me mesmo ao altar!
Dos mais bonitos que já aqui li! (eu não disse já isto antes?!?!)
Beijinhos

09 junho, 2007 08:40  
Blogger Codinome Beija-Flor said...

António,
Seu poema é maravilhoso.
Bom saber que há alguém com tamanha sensibilidade.
Beijinho

10 junho, 2007 02:27  
Blogger Bichodeconta said...

Em principio de semana aqui vinha eu em busca de escritos outonais ou veraneantes.. Em busca de algo tãp sentido como sentido´é tudo o que escreve e nos oferece com carinho.. Tenha uma boa semana António..

11 junho, 2007 11:34  
Blogger Isabel said...

Sabes amigo António é mesmo isto. Quando estamos tristes, quando o céu nos cai aos pedaços na cabeça, quando a amiga solidão nos rói as entranhas,quando nos sentimos pqqueninas e desamparadas, como se no mundo tudo nos fosse desconhecido e não houvesse a quem dar a mão... é mesmo isto. Onde com confiança repusar a fonte, sem perguntas, sem palavras, apenas a mão nos cabelos indicando que há quem esteja ali, apenas um dedo de quando em quando amparando uma lágrima.
Apenas isso.
Basta isso para que não nos sintamos tão sós.
Mas esse só isso é um raro tesouro meu amigo.
Fico feliz por saber que o guardas em ti.
Na verdade eu já sabia.

Saber dar... é o nome disso.
Tu sabes.

Obrigada pelo que me tens dado a mim e obrigada pela preocupação.
estou meio recolhida apenas mas em luta...
Tu sabes António, a minha luta não descança...

Um grande, grande abraço.

Isabel

12 junho, 2007 16:19  
Blogger foryou said...

Este foi sem dúvida o teu poema que mais gostei. Pode não ser o melhor (sou leiga no assunto) mas foi de certeza o que mais me tocou. Obrigada

12 junho, 2007 20:30  
Anonymous Anónimo said...

Como é bom encontrar- mos ocasionalmente blogs assim.

Mas que belo poema.

Luis Mendes.

15 junho, 2007 11:41  
Blogger *Um Momento* said...

As flores, o abraço
Sorrio:))
Belo simplesmente
(*)

16 junho, 2007 17:17  

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