6.01.2007

AO LUAR

Jasmim perfumado do meu quintal


AO LUAR

Que linda vai a noite, que calor!
Tudo em repouso já ... Só o luar
Nostálgico e morno anda a boiar
Encharcando de luz tudo em redor

Que aroma subtil, jasmins em flor...
Há restos de canções ainda no ar
E dentro em mim o sangue, a latejar,
Arde em desejos loucos de amor

Ah, pudesse eu beijar-te, longamente...
Apertar-te em meus braços como outrora,
Aninhar-te em meu peito ternamente,

Sentir-te toda minha nesta hora.
Já que tão triste e só e descontente
Sem ti, a minha vida corre agora!

________

1951 - Noite de Santo António,
No jardim, após as fogueiras



21 Comments:

Blogger Paula Raposo said...

Fico sempre encantada quando te leio! Adoro estes teus poemas! Beijos.

01 junho, 2007 14:54  
Blogger sofialisboa said...

esta tua veia poetica deixa-me rendida...sofialisboa

01 junho, 2007 15:55  
Blogger Isabel said...

Não te chamas B mas chamaste António e és significas mais para mim do que imaginas.
Dir-to-ei um dia com palavras mais belas mas tão significativas como estas.
No teu aniversário quem sabe, meu grande grande amigo António.

Continuas a publicar os teus poemas doutros tempos e a encantar-me a imaginar-te nessa altura jovem, fogoso, apaixonado.

Eras lindo antes mas confesso mais lindo ainda agora... que te vejo antes e depois do passar das horas.

Estás cada dia mais bonito meu amigo.
Podes ficar vaidoso que é verdade.

Um beijo e um cravo sem mangerico.

Isabel

01 junho, 2007 17:57  
Blogger Isabel said...

Ah, deixei-te uma resposta lá no meu sitio por baixo do teu comentário à minha B.
Entretanto escrevi mais.
Que alivio poder soltar as palavras!

Um abraço apertado meu amigo

Isabel

01 junho, 2007 18:05  
Blogger Ka_Ka said...

( `♥.¸*O*
`♥.¸ )**P*
( `♥.¸***T*
`♥.¸ )****I*
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`♥ )****E*

Bjosss!!

01 junho, 2007 22:09  
Anonymous Anónimo said...

gosto da sua poesia, antónio. parabéns

02 junho, 2007 01:24  
Blogger Bichodeconta said...

Palavras pra que, está tudo ai nessa poesia maravilhosa.. Parabéns António... Uma boa semana..

03 junho, 2007 09:17  
Anonymous Anónimo said...

Sabes o que mais me impressiona nestes teus poemas? A semelhança com a poesia da Florbela Espanca. Já te tinha afirmado em comentários anteriores e não posso deixar de o referir novamente,porque é inevitável chegar ao fim da leitura deste teu poema e não sentir a semelhança flagrante com a escrita da poetisa caliponense com a sua sensibilidade especial de ser humano que amava em excesso. Pormenores que muita gente diria que apenas uma personalidade feminina pode captar.. Mas não. Captas com a mesma sensibilidade mas de modo menos trágico. Porque tocas bem no fundo e fazes sentir (tal como o deves ter feito naquela altura) que a mulher foi criada para amar e para ser amada.
Bjs querido António pelas palavras com que tão bem nos presenteias!

03 junho, 2007 15:06  
Blogger Menina do Rio said...

Noite linda ao calor de uma fogueira
já que o inverno a América nos invade
E nos restos de canções uma saudade
uma doce e nostalgica brincadeira

Beijos

03 junho, 2007 19:50  
Blogger Nuno Abreu said...

muitos parabéns pela sua poesia, António. e pelo espirito jovem que tem de certeza para andar no mundo da blogosfera!
vou continuar a visitar o seu blog para ir acompanhando os seus posts!
abraços

03 junho, 2007 21:38  
Blogger Codinome Beija-Flor said...

AntónioTua porsia tem "fogo" que aquece a alma.
Abraços

04 junho, 2007 03:53  
Blogger Páginas Soltas said...

Querido amigo,

Que boa poesia entra pelos nossos sentidos...

Quando a escreveste...ainda eu não tinha nascido...apesar de já ser cinquentona :)

Maravilha de Blog este... em que se entra no paraíso das palavras!

Beijinhos da

Maria

04 junho, 2007 04:35  
Blogger LurdesMartins said...

Ah... Stº Antoninho...
A semnana passada também pude apreciar um belo luar!

Beijinhos, António!

04 junho, 2007 11:26  
Blogger Pepe Luigi said...

Esplêndido soneto traduzindo o aroma do amor nas noites de Santos Populares.
Também guardo vivo na memória o salto da fogueira nessa época de cinquenta!

Bom começo da semana com um abraço amigo.

04 junho, 2007 20:33  
Blogger Isabel said...

Onde andas amigo António?
Estás bem.
Estás fora.
Foste de férias.
És sempre dos primeiros a visitar-me e se não o fazes sinto-te a falta e assusto-me.

Dá noticias sim.

Beijos

Isabel

05 junho, 2007 10:03  
Blogger Menina Marota said...

A flor do jasmim... e o seu cheiro tão perfumado, que adoro, tal como a tua poesia...

"...Que aroma subtil, jasmins em flor...
Há restos de canções ainda no ar..."


Sou uma eterna romântica...por isso, nada mais saudável que ler um lindo poema de amor, nesta manhã de sol e o cheiro do jasmim a entrar pela porta do terraço... (sim, também tenho aqui jasmins, não no quintal, mas em vasos, no meu terraço.)


Um abraço e boa semana ;))

05 junho, 2007 11:41  
Anonymous Anónimo said...

Sentir-te toda minha nesta hora.
Já que tão triste e só e descontente
Sem ti, a minha vida corre agora!


Os homens agora já não sabem dizer nada disto.... perdeu-se a delicadeza do desejar. Lindo!!!

05 junho, 2007 12:13  
Blogger vero said...

Encantador!!!
Beijo doce**+

05 junho, 2007 17:49  
Blogger Unknown said...

Belo, muito belo!
Obrigado pela vista que fez ao http://www.cegueiralusa.blogspot.com/.
Abraço,
José Carreira

05 junho, 2007 21:37  
Blogger ROADRUNNER said...

Amigo Melenas,
agradeço-lhe o comentário lá no meu pasquim, mas em questão de prosa e poesia, o mestre está aqui.
Saudações!

05 junho, 2007 23:11  
Blogger *Um Momento* said...

As palavras fogem-me..
Apenas sorrio ao ler-te
Que bem que me sinto...
(*)

16 junho, 2007 17:19  

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