PERDOAI-ME, SENHORA
A seguir à Teresinha e antes da Maria
(esta sim o primeiro namoro a sério)
passei por uma fase de amor grandiloquente
- essencialmente literário, diga-se-
infuenciado que estava pela leitura dos grandes
românticos e clássicos da literatura universal
Eis um exemplo:
Um soneto dedicado a uma dama
algo menos jovem do que eu
- fase clássica dos iniciáticos amores juvenis .
PERDOAI-ME, SENHORA
Perdoai-me, Senhora, esta loucura
Esta chama, este ardor que em mim mora
E escutai a voz que, súplice, implora
A luz de um vosso olhar, tão terna e pura
Só por vós palpita e a vós procura
Um pobre coração que, muito embora
Duro e frio pareça ser, por fora,
No fundo é só amor, só é ternura
Não vos direi meu nome! Ai, não!...
Pois que ele, para minha desventura,
P’ra vós não tem valor, é frio e vão
Quero que saibais só que,com loucura,
Há no mundo um terno coração
Que só por vós palpita e a vós procura
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Veja também
"OS CRAVOS DE ABRIL"
no meu outro blogue
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Foto baixada do Google
Portrait of a women
Uffizi - 1512
24 Comments:
Apesar de o teu post não estar relacionado com o tema do meu comentário não pude deixar de vir aqui agradecer. Agradecer todas as simpáticas palavras deixadas no meu cantinho e agradecer de outra forma. Deixo aqui uma cópia do comentário que deixei no blog da minha mana virtual: Isabel do BomdiaIsabel. Porque sei que tu mereces este comentário. Mas mereces mesmo!!!
Olá António. Venho desejar-te uma boa semana perfumada pelo cheiro da Liberdade de Abril. De certeza que viveste este dia em cheio, que o esperavas e aguardavas! Eu na altura era demasiado pequeno e no meio em que vivia o obscurantismo e a longa noite fascista tudo ofuscara, tudo cegara e amedrontara. Ninguém sabia o que se passava, ninguém sabia que a revolução cheirando a cravos chegara à rua. Por isso hoje, deixo-te aqui os parabéns, a ti e a todos que de alguma forma com as suas ideias, os seus protestos os seus pensamentos contribuíram para que este cheiro a Liberdade chegasse até nós e a esperança que as actuais gerações e as gerações vindouras consigam preservar e continuar a apreciar o que realmente significou ABRIL.
Um abraço e até breve!
Amigo virei ler-te mais tarde.
Que saudades.
Vem ao meu sitio ler a pequena homenagem que lá te deixei.
E espero que já tenhas ido ao blog do Cusco ler o que ele deixou para nós dois.
Juntos de novo em algo bom.
Um grande enorme abraço.
Isabel
Caro António Melenas,
Mais um bonito soneto somado a outros tantos que tens partilhado connosco.
Adivinho que estes versos encerrem um maravilhoso romance no qual foste protagonista.
Um abraço amigo
Pepe.
Ah, António... é sempre um prazer renovado ler os seus textos. Não se trata de cordialidade, é mesmo o que sinto. Já não sei como vim parar ao seu blogue, mas agradeço o momento em que isso aconteceu.
Obrigada, meu amigo:)
um soneto de enorme qualidade. perfeito na forma. excelente a cantar amores juvenis...
um abraço caloroso!
25 de Abril, Sempre!
Olá boa tarde, descobri o seu blogue através do "Dispersamente" que costumo visitar, espero que não se incomode... Devo dizer-lhe que gostei imenso do seu blogue, admiro a forma como escreve. Fiquei encantada com o soneto " Vida Minha"!
Beijinhos
Vero.
sempre romantico, sempre lindas as tuas palavras, já estava a estralhar o teu silêncio e cuidava da tua saude, vejo que melhoraste, ainda bem! sofialisboa
Gostei particularmente do estilo "trovadoresco" com o que poema foi escrito. Lindo!
Bjs
TD
Como gosto dos teus sonetos, António...
Ai estes amores, estes amores antigos...
Beijo
Olá novamente,
por erro meu ao ler o seu comentário e mais alguns que eu tinha no meu blog, sem querer eliminei-os! :(
mas espero "vê-lo" por lá mais vezes, se puder.
Vou um link para o seu blog, espero que não se incomode, assim é mais fácil para vir aqui ao seu cantinho.
Muito obrigada pelas simpáticas palavras... Deixo-lhe um beijinho de boa noite.
Muy lindo soneto!
Como para memorizar y recitar en la janela de la amada.
António,
Com toda ADMIRAÇÃO E RESPEITO.
Eu fico pensando que Deus quando te fez percebeu que tinha lhe dado um coração "incomum", tinha lhe dado algo "mais", deu-lhe:
- sensibilidade
- capacidade de amar
- humildade
- fogo
Deu tanto para ti que faltou em grande quantidade na maioria dos homens.
Que você viva por 1000 anos assim... exatamente como é... cheio de verdadeiro amor.
Com muito respeito e toda admiração segue um grande abraço.
Deixei-te um comentário há uns dias. Dizia que gosto de te ler, sempre. Ou mais ou menos com outras palavras. Beijos.
Perdoai Senhora.. :)
Sempre tão cavalheiro António, mas dize-me, se ela não caiu nos teus braços com palavras tão sublimes...
Bjs
Um soneto de amor total!
Momentos deliciosos...que passo aqui, a ler o que escreves e o já escreveste em tempos!
Perante a grandiosidade desta escrita...sinto-me " pequenina"!
Beijo da
Maria
perdoai-me senhor..
mas o que eu gosto deste homem,
não há palavras..
é muito amor.
Olá Antonio gostava de te convidar a dar o teu testemunho para saber onde estavas no 25 de abril! aparece e escreve a tua escrita e memorias sofialisboa
Olá António!
Que bem que escrves, Lindo!
estava com saudades tuas!
Beijinhos!
:)
Os amores... e a poesia. Lindo!
Um abraço carinhoso e bom fim de semana ;)
Poesia enamorada...
Bom fim de semana
Bjs Zita
Meu querido amigo... venho ler-te novamente...
È sempre bo...ler e reler...
Desejo-te um Bom Domingo
Beijinhos da
Maria
Já tinha lido o soneto... tornei a ler...uma maravilha!
Aproveito para desejar um Bom Domingo
Beijos da
Maria
Mais um soneto de grande qualidade e sensibilidade, em quem tem alma poética e grande consciência social. Deveras impressionante e que muito admiro, pela elevada qualidade. Um abraço.
ESCRITOS OUTONAIS: ESTOU ZANGADO !!!!
Junto-me a si nesta zanga, assim devíamos estar todos.. Zangados, porque nos enganaram, porque roubam de nós os sonhos de liberdade..Porque o desemprego aumenta, porque o ensino está uma baderna, porque as regalias sociasi conquistadas, já foram retiradas, Zangados porque sim... Um abraço muito grande António.. Estou consigo nesta revolta que deveria ser a revolta de todos nós? É preciso , é urgente um novo 25 de abril, talvez não com cravos.. Desculpe o desabafo, embora seja contra a violencia, talvez tenhamos pecado por tanta benevolencia.. Um abraço.. Boa semana.. Só não sei se estou na porta certa... se não estou, peço desculpa António..
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