4.10.2007

VIDA MINHA


E de novo um soneto rebuscado do fundo do meu baú

VIDA MINHA

Como é que eu consegui viver outrora

Sem te conhecer, Maria, sem te amar,

Se hoje meu coração como que implora

A dita de te ver, de te encontrar!...


Sem o teu amor que me devora,

Viver não posso já, ou respirar;

Necessito dele a toda a hora

Como de água o peixe p’ra nadar!


Quando sinto no meu, teu olhar quente

E quando em minhas mãos, suavemente,

Repousa a tua mão de feiticeira,


Sinto nascer em mim desejo ardente

De prender-te em meus braços ternamente

Num abraço que durasse a vida inteir
a


1950


29 Comments:

Blogger laida said...

passei,
li, e gostei,
E não pude saír sem comentar
como ás vezes faço.
E para si deixo um abraço.

11 abril, 2007 00:13  
Blogger Pepe Luigi said...

Mais um lindo soneto tangendo o sentir da tua alma!
Gostei imenso.

Um abraço amigo
Pepe.

11 abril, 2007 09:13  
Blogger Hainnish said...

António:

Parabéns pelo seu blogue. Já não sei como cá vim parar, mas por cá me fiquei, fascinada com o que lia. Gostei particularmente das crónicas, cheias de humor e com um português cuidado, e do conto "Beijinhos do Gumercindo". Mas, claro, não li tudo ainda. Voltarei, sem dúvida, outras vezes.

Um abraço.

11 abril, 2007 11:04  
Blogger LurdesMartins said...

UM abraço que durasse a vida inteira... que imagem mais bonita, António! E durou?!?!? (lá está a cusca de novo...)
Beijinhos

11 abril, 2007 11:08  
Blogger Maria Carvalhosa said...

Olá António,

Embora não seja habitual trocarmos comentários nos respectivos blogues, vejo-te e leio-te muito por aí, sobretudo nos comentários aos espaços de pessoas cuja escrita muito apreciamos. Temos isso, pelo menos, em comum.

Agora gostaria de te deixar um convite: passa novamente pelo meu blogue e descobre o caminho para a grande pintora que é a Júlia Calçada. Se te "der na gana", aceita o desafio que, a esse propósito, me atrevi a fazer.

Um abraço e até breve.

11 abril, 2007 12:27  
Blogger Cris said...

E quem não quer um abraço para vida inteira??? gosto muito das coisas que vai buscar ao baú!!

Beijinho
Cris

11 abril, 2007 13:14  
Blogger Ana Prado said...

António, sempre a mesma sensibilidade, e esse português, essa perfeição linguística. Outros tempos os de hoje, infelizmente.
Um abraço

11 abril, 2007 13:48  
Blogger Manuel Veiga said...

tem imagens muito belas os teus poemas. frescas e cristalinas. como orvalho matinal...

abraços

11 abril, 2007 13:54  
Blogger Maria said...

Quanta paixão neste soneto, meu amigo...
Apetecia-me que esse abraço ainda durasse... a vida inteira...

Outro abraço

11 abril, 2007 15:29  
Blogger Unknown said...

Lindíssimo! Quem não quer um abraço desses?
O teu baú tem coisas maravilhosas, tens que ir lá mais vezes ;)

♥*´¯`*.¸¸.*Beijinhos*.¸¸.*´¯`*♥

11 abril, 2007 15:46  
Blogger Páginas Soltas said...

António,
Que belo momento de poesia da boa!

Um soneto... de tirar a respiração!

Essa Maria..nem sabe o que perdeu!

António... apaguei o meu antigo Blog...sem querer...

Iniciu com mais dois...mas está dificil a colocação dos links, ainda aceitou os que lá estão...e bloqueou...não consigo colocar e nem apagar!

Assim que estiver tudo bem....vou colocar o seu...que faço muito gosto em o ter....e á mais fácil para mim...fazer-lhe as visitas quando quiser!

Beijinhos da
Maria

11 abril, 2007 18:08  
Blogger Maria Carvalho said...

Maravilhoso soneto António! Gostei imenso. Obrigada pelas palavras sempre belas que me deixas nas tuas visitas. Muitos beijos.

11 abril, 2007 18:22  
Blogger Eme said...

Eu sei como conseguiste! Com essa esperança toda e essa inspiração de verdadeiro cavalheiro não acredito que a Maria não suspire por ti eternamente!
Ai adorei, espero que o teu baú seja muitaaaaaaaaaaaaaaaa graaaaaaaaaaanndeeeeeeeeeeeee.

Beijos

11 abril, 2007 18:25  
Blogger Espaços abertos.. said...

Que belo momento de poseia,de reflexão sobre recordações do passado ....

Boa semana amigo António

Bjs Zita

11 abril, 2007 19:31  
Blogger sonhadora said...

na hora de sonhar ...
beijinhos embrulhados em abraços.

12 abril, 2007 03:41  
Blogger Cusco said...

Olá! Bom-dia.
Então vamos desejar que todos tenham a possibilidade de conhecer a sua Maria, o seu Manel ou o seu José e de se amarem e respirarem um calor apaixonado como o que este poema nos transmite.
Um abraço e obrigado pelas visitas e comentários.
Até breve!

12 abril, 2007 11:52  
Blogger Amita said...

Que lindo, António. Quem não deseja esse tão especial e eterno abraço?
Bjinhos e um lindo dia

12 abril, 2007 13:02  
Anonymous Anónimo said...

tão bonito, tão bonito, tão bonito..que até me apetece pedir-te a mão..(será que eu caibo lá no baú?..fico doida com estas declaraçôes ANTÓNIO GRANDE!..
3 beijos com toda a força..smaaK!..smak!,smak!..

12 abril, 2007 22:43  
Blogger david santos said...

Bem, amigo António!
O teu baú só tem coisas raras: BELAS.
Este soneto é mais uma das muitas provas que nos tens mostrado, de que o teu baú é de um brilhantismo ímpar.
Até sempre, meu amigo.

13 abril, 2007 13:20  
Blogger Cris said...

Beijinhos e Bom Wk!!! Passe lá por Terra, já temos o post "tonto" de 6ªFeira.

Cris

13 abril, 2007 14:35  
Anonymous Anónimo said...

mulher surtuda esta Maria...sofialisboa

13 abril, 2007 15:10  
Blogger João Cordeiro said...

Amigo, não sei que caminhos percorri, mas cheguei...
Eu tenho 48 e acabo de publicar um livro, contra tudo e contra todos.


Um abraço sonhador

13 abril, 2007 15:54  
Blogger Isabel said...

Ai antónio gostava tanto de chegar à tua lindissima idade e ter um báu como o teu, cheio de tanta coisa linda, feia, boa, má, dolorosa, prazeirosa, um báu chio de uma vida cheia é o que tu tens.
Adoro esse teu báu de onde vão saindo pedaços de ti inteiro como coelhos da cartola de um mágico.
Acho que para mim tu és mágico!
Mesmo!
És um mágico dos, anos, da vida, da força , das palavras e atá desta amizade que criamos.

1950

Iacreditável, eu não era nascida e tu escrevias sonetos de amor, agora aqui estamos falando, trocando ideias, fazendo amizade, olhando um para o outro e admirando o que vemos e aprendendo ambos... que eu sei que tambem te ensino coisas , não mérito meu, mas teu que ainda me procuras para aprender.

És mágico mesmo!

1950

Tu escrevias o amor...

Assim:

De prender-te em meus braços ternamente

Num abraço que durasse a vida inteira.

Porque amar é assim, naquele momento de amor há a vontade de prender o ser amado e fazer com que essa prisão seja eterna... momentos em que desjamos que cada momento seja eterno.

Lindo amigo António.

Um beijinho

Isabel

13 abril, 2007 18:22  
Blogger Páginas Soltas said...

Passei para desejar-te um bom fim de semana!

Já estás lá no meu Blog.
Ufffa...Recuperar todos os links que tinha..não tem sido fácil...mas está quase tudo!

Beijos da

Maria

14 abril, 2007 15:58  
Blogger P said...

Excelente, a sua arca de tesouros. É cotejanto passados, vivências que o presente adquire sabores renovados, pelo poder das palavras.

14 abril, 2007 18:15  
Blogger a d´almeida nunes said...

De António para António
Belos e românticos tempos! Parece-me a mim que eram iguaizinhos aos do meu tempo, digamos que dos anos 60 e tal.
E é claro, tinha que ser um Soneto, a rigor, como mandava a tradição!
Bonitas paixões/paixonetas chamassem-se elas Maria, Teresa ou Helena.
Qual é o mal de remexermos o baú das nossas recordações? É que, de certeza, que para além desses arrebatamentos de apaixonado, também saiem de lá outras coisas mais prosaicas e algumas tristezas!
Um abraço desde Leiria
António

14 abril, 2007 20:16  
Blogger Páginas Soltas said...

Querido amigo,

Passei para desejar um Bom Domingo..e o inicio de uma boa semana ... com muita inspiração!

Beijinhos da

Maria

15 abril, 2007 19:02  
Blogger Manuel Veiga said...

abraços

15 abril, 2007 21:40  
Blogger Menina Marota said...

"...Num abraço que durasse a vida inteira"

Recordaste-me Antero de Quental...

Um soneto fabuloso, que me faz recordar a magia que tem o abraço que se dá, nas pessoas de quem se gosta.

Porque há abraços assim... duram a vida inteira, nas nossas memórias.

Um abraço ;)

17 abril, 2007 09:03  

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