SÓ TU FALTASTE
Inesperada e mansa
a chuva começou a descer
sobre a cidade.
E a cidade ficou deserta, num instante.
E então,
eu que tinha um encontro marcado
com a chuva
com a cidade
e contigo,
corri a esse encontro
em que a cidade me esperava
e a chuva não faltou.
E eu a recebi no rosto
como uma bênção. E a cidade
ganhou magia, pronta
para ti.
Mas TU faltaste ....
E a magia se foi.
E a tarde, subitamente
Se pôs triste, feia,
escura, molhada,
como são, sem ti,
as tardes de chuva.
São, afinal, as tardes
e as manhãs
E as noites.
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Foto data venia, DAQUI
25 Comments:
Pena que não houve magia...
Mais um lindo, muito bonito poema!
Gostei particularmente do final! É a saudade, não é?!
Beijinhos, António!
Ah! Bela imagem!
Sempre lindo António! O que escreves...muitos beijos.
Poeta, Poeta.
E vc fala melhor que ninguém.
Abraços
Querido amigo,
Antes de vir aqui ao Escritos Outonais... tinha estado no teu site " Guardado na Arca".
Não queria comentar aqui.. o deslumbramento com que fiquei... ao deparar com a tua criatividade!
Tentei váris vezes... (ontem e hoje)comentar lá... mas o meu correio electrónico dá- me erro!
Desconheço o que se passa... mas pergunto- te... poso comentar aqui... e tu passas para lá o que eu escrevo? ( Isto, até eu resolver o problema).!
Obrigada meu querido amigo... por partilhares as tuas vivências na escrita... e que me fazem deliciar!
O Nos Blog.. lemos o que está postado no di dia..mas no site... é para ir saboreando cada poema...cada texto com muito
prazer!
Já te tenho nos favoritos... mais um problema que tenho de resolver...desde que lavei a cara ao meu Blog... Desconheço onde hei-de colocar os novos links!
Beijinhos desta tua admiradora incondicional
Maria
Olá!
De que fala o poeta?
Quem faltou?
Lendo bem o poema e vendo o dia que está lá fora acho que foi o SOL!
Um abraço!
Claro, Cusco, O Sol.... O Sol dos meus dias
Abraço
Esta carta sentida pela falta da tal (aquela que nos enche o peito), é também um lamento em namoro... namorar muitas vezes é estarmos tristes pela ausência querida, mas mesmo sem ela -e com chuva e tristeza- continuamos a namorar porque o peito e a cabeça assim o desejam! Muito boa prosa António! Abraço.
Precioso poema cheio de ternura e saudosa falta pela pessoa amada.
Saíste-me cá uma "pinga-amor" muito romântico!
Gostei imenso.
Um abraço.
Muito Bonito. Um belo espaço de sentimentos, serenidade e de contemplação da vida.
Voltarei, concerteza mais vezes.
Abraço
Oh António, não fiques demasiado triste. Talvez ela fosse a caminho e a correr e com a chuva tenha escorregado e partido um salto.. e depois,sabes como são as mulheres (além de fazerem destes pormenores a pior das desgraças,como partir uma unha etc..), não se querem apresentar à frente da pessoa amada em estado lastimável.. Então, foi isso que aconteceu não? :)
Beijosssssssssss
mais um belo poema.cativante na sua dimensão lírica. na melhor tradição da poesia portuguesa.
abraços
em tempo: estudar a vistar a tua arca. com muito interesse e prazer.
abraços
PARA A MARTA:
Pois é, vais ver que foi isso. Um salto partido, ou coisa assim. Mas tudo bem, porque houve outras tardes de chuva e de sol e ela não faltou...
Beijinho para ti e dá outro à Nena
Un bello poema, António.
Parabems.
Eu sabia :) Nem tudo acaba mal
Beijos meus
...
Mas agora estou aqui...
perdi-me no caminho
Por entre frio e vento
Encharcada pela chuva...
Cá consegui chegar...
E como é bom aqui estar...~
Simplesmente belo este teu espaço...
Os meus sinceros Parabéns!
Um sorriso e um beijo de e por este Momento
Voltarei...(*)
Passei para te desejar um bom fim de semana.
Um abraço
Pepe.
Lindo poema, António.
Um beijo.
António,
Uma vez mais te digo, que ler o que escreves é caminhar por dentro de um oceano de sentidos e sentimentos - os teus, os que colocas em cada palavra, e os nossos, os que te lemos, e que nos projectamos igualmente em cada palavra.
A imagem é soberba, completa o poema.
Destaco este verso:
"a tarde, subitamente
Se pôs triste, feia,
escura, molhada,
como são, sem ti,
as tardes de chuva."
Na verdade a ausência ou a presença do outro em nossas vidas condiciona de um modo extrínseco o mundo intrínseco que nos habita. E tu conseguiste transpor para a tela essa realidade.
Parabéns pelos teus poemas.
PS: Mt grata pelas palavras nos meus blogs. Volta sempre que o desejares. Honra-me a tua presença.
Um abraço
Mel
www.noitedemel.blogs.sapo.pt
"Mas TU faltaste ....
E a magia se foi."
Mas deixou em ti a magia das palavras e dos sentimentos, tão bem transmitidos neste poema.
Breve é a ausência que da presença se sente o coração.
Gosto de te ler.
Um abraço carinhoso e boa semana (sem chuva)
:-))
Que maravilha António , como sempre fica-se com vontade de voltar.. A foto provocante e bem bonita.. Eu não marco encontro com a chuva, mas marco encontro com o António aqui , sempre que o tempo o permita... Um abraço António... Boa semana..
Poema de várias leituras o que o torna misterioso e particularmente belo.
Bjs
TD
Caro patricio,
Aplaudo como quem ergue ao alto o copo, já só meio, do vinho de que gosta, e diz: - é bom !
É lindo, este seu poema !!!
Parabéns, e um abraço, cá de longe.
Olá Antonio,
Obrigada por seu simpático comentário no meu Oficina de Palavras, sobre o post "Lavando a Alma". E obrigada também por me convidar a ler este seu post onde você também fala de chuva. É lindo, Antonio, é lindo...
Palavras que transbordam sentimentos e despertam emoções...
Te deixo um beijo.
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