7.26.2006

MAÇORES, ALDEIA MINHA








A propósito do pão
da minha infãncia
e da minha aldeia
de onde bem cedo
tive de partir.
aqui deixo um poema
em que evoco o gosto antigo desse pão
e as saudades da terra onde nasci:




Em teu monte ladeiro reclinada
Recordo-te, Maçores, aldeia minha
Ouço ainda gemendo pela estrada
Carros de bois voltando na tardinha
.
Recordo as mornas tardes na Pracinha,
O trote dos burricos na calçada,
O bom sabor antigo que o pão tinha
O perfume de cada madrugada.
.
A vida me levou de ti, Aldeia,
Mas desde o triste dia em que parti
Eu teço fio a fio a doce teia
.
De amor por essa terra onde nasci.
Não sei se és bonita ou se és feia
Sei só que te amo tanto e te perdi

* * *

Abril 2003

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