1.28.2006

TO HAVE OR NOT TO HAVE

Ao fundo da Vila Gouveia, a meio caminho entre Moscavide e a estação dos Olivais, ficava a minha escola...
..
Muito provavelmente já não existe o velho casarão de cor amarelo-sujo onde, com gosto, aprendi as primeiras letras desta língua em que penso e me exprimo.Há tantos anos foi, mas sinto ainda o cheiro do pó de giz e da ardósia onde essas letras eram desenhadas e apagadas vezes sem conta, até deixarem de ser conjuntos de riscos sem sentido para na minha cabeça se tornarem coisas e sentimentos e abstracções : (a mãe, o pai, a rosa, a menina, a flor, a aula, a amizade, o céu, deus, a eternidade) que aos poucos ia entendendo e assimilando.
..
Ouço a voz austera do professor Clarinha, guiando-nos na fascinante descoberta do sentido das palavras tornadas texto, alimentando-nos da riqueza vocabular e estilística dos nossos grandes escritores, incutindo-nos noções de civismo, de respeito pelos outros e pela mãe-natureza (Ah, sim, era assim nesses tempos!) , iniciando-nos na aprendizagem das quatro operações e respectivas provas dos noves, fazendo connosco a viagem ao fundo da história de Portugal, fazendo-nos impar de orgulho com a gesta heróica dos nosso maiores e (que a isso era obrigado) exaltando a figura de Salazar, o Chefe providencial que deus tinha designado para preservar, agora, os destinos da Pátria.
..
Ouço ainda a interminável litania da tabuada recitada em grupo pela voz sonora e fresca da criançada que fazia daquilo um divertimento: nove vezes um, nove; nove vezes dois, dezoito; nove vezes três, vinte sete, e por aí fora, até entrar para sempre na receptiva memória que era então a nossa.Ouço a estridência dos nossos gritos e risos correndo e jogando por entre as árvores do pátio de recreio. Lá estou eu, recuado no tempo, de bibe aos quadradinhos azuis e brancos, ruço de má-pelo, suado e vermellho que nem um pimentão, correndo, jogando com eles a “barra-do-lenço”, a “apanhada”, a “rolha”, a “primeira-caganeira”, a “macaca” e todos os inocentes entreténs dos putos de há uns setenta anos atrás.
..
Naqueles anos a pobreza era muita e envergonhada. E os alunos da minha escola reflectiam, naturalmente, essa realidade. É certo que, para a escola, as nossas mães tentavam que fôssemos melhor arranjados mas, mesmo assim, o que valia era o tapa-misérias do bibe escolar para ocultar a modéstia das nossas vestes, sobretudo das calças e calções que, tendo mais uso, tinham de ser objecto de frequentes remendos . Lembro-me de ver rapazes cuja roupa tinha mais remendos do que tecido original.
..
Parte dos alunos era de Moscavide, mas a maioria era dos Olivais e da Rua Nova –um pequeno lugarejo de pescadores que se situava mais ou menos no local hoje ocupado pela marina do Parque das Nações. Eram conhecidos por estranhas alcunhas como o Raquítico, o Berraria, o Pata-de-lobo, o Micagas, o Cara-cagada, o Águia-negra, o Esfolado e outras várias e inimagináveis designações, que davam bem a ideia do extracto social em que estavam inseridos. Muitos deles, por gosto ou por necessidade, andavam descalços, especialmente os da Rua Nova, que passavam a vida dentro de água com os pés metidos no lodo do cais da moagem à cata de caranguejos e lingueirões e toda a espécie de saborosos bivalves que o Tejo, ainda não poluído, generosamente nos oferecia.
..
A princípio - restos do regime escolar da primeira República- os alunos não tinham escola à quinta-feira, dia dedicado a passeios pelo campo e visitas de estudo) mas pouco depois, com a criação da Mocidade Portuguesa inspirada, como se sabe, nas juventudes fascistas de Hitler e Mussolini, o dia sem aulas passou a ser aos sábados. Só que essa folga não dispensava a ida à escola e à participação em exercícios paramilitares da referida”mocidade” – a que mais tarde a malta do ensino secundário haveria de designar, à sucapa claro, de “bófia” e de “bufa”.
..
E lá andava o pobre do professor Clarinha, homem de meia idade, pacato, pesadão, sanguíneo (a toda a hora sangrava do nariz) afadigado na inglória tarefa de transformar aquele punhado de garotos mal amanhados em garbosos “lusitos”, prontos, quiçá, a dar a vida pela Pátria, caso o grande Chefe assim o entendesse . Assim se passava toda a manhã (os rapazes tinham aulas apenas das 8.00 às 13.00), o professor a marchar ao lado malta: Sentiup! marche! esquerdo, direito! um, dois! esquerdo direito! braço estendido em saudação e olhar à direita! um dois, alto! Destroçar! Isto mil vezes repetido e a tropa-fandanga sem atinar com o passo e não levando a sério a patriótica missão que a pátria lhes confiava.
..
Uma coisa de que nós gostávamos muito, embora parecêssemos uma ninhada de gatos a miar, quando a cantávamos, era do hino da juvenil organização. Era só esperar pela nota certa que professor entoava, após soprar repetidas vezes numa gaitinha que sacava do bolso do colete e lá desatávamos nós a berrar cada um para seu lado, guiados pela ineficaz batuta do mestre Lá vamos cantando e rindo/Levados levados sim/Pela voz do som tremendo/Das tubas - clangor sem fim.
..
Que nós estávamos mesmo a ser levados só o vim a descobrir mais tarde; agora, o que me fazia muita confusão e achava mesmo a modos que pornográfica, era aquela do clangor, que eu entendia como que langor, e cujo som associava a uma determinada palavra que considerava relacionada com sexo, embora, valha a verdade, eu não fizesse a mínima ideia do significado exacto da palavra em questão, nem tão pouco sequer o que fosse exactamente essa coisa de sexo de que os mais crescidos tanto falavam.Por mim, a única coisa que sentia e que na minha fraca ideia me parecia que era capaz de ter a ver com sexo, era o calor que me ruborizava as faces, o bater do coração mais apressado e uma estranha ansiedade que por um lado me afligia e por outro me deixava inexplicavelmente feliz, sempre que na rua me cruzava com a Nandinha, uma miúda da minha idade ou quando a entrevia à janela, espreitando por detrás da cortina da casa onde morava, relativamente perto da minha.
..
Os Pais dela eram pessoas muito educadas, sempre muito bem vestidas, constando que tinham feito fortuna nas Américas.. Não se davam com os vizinhos e assim era a filha, também.O raio da miúda mexia comigo. Aqueles olhinhos que eu adivinhava da cor do céu, aquelas pequeninas sardas, muito vivas, semeadas na vizinhança do narizito arrebitado, aquelas trancinhas louras com um lacinho nas pontas, davam-lhe um ar que eu só conhecia dos ”santinhos", aquelas pequenas estampas coloridas que nos davam na catequese com a figura de santa Teresinha do menino Jesus ou com lindos anjinhos (que não tendo sexo e vestidos com diáfanas túnicas azuis, eu imaginava sempre serem raparigas) como um esbelto e louro anjo-da-guarda que aparecia num quadro pendurado numa parede de minha casa, protegendo uma linda menina na travessia de uma velha ponte de madeira junto a uma altíssima queda de agua fervente de espuma.
..
Deste anjo em carne e osso estava eu enamorado até ao fundo mais fundo do meu coração. Só que eu era um puto matarroano, há pouco chegado das berças, filho de gente modesta, como me atreveria a dirigir-lhe palavra. Tinha a impressão que ela se dava conta do meu interesse, pois às vezes me olhava com um esquivo sorriso e de pronto virava a cara, tornando a olhar-me antes de desaparecer quer pela porta da casa, quer por detrás da já referida cortina, com aquela garridice e sabida manha com que as miúdas já vêm a este mundo…Mas regresso à escola, que com tantas divagações ainda acabo por não passar de classe.
..
Certo dia de 1937 ou 1938, teria eu, portanto, oito ou nove anos, chegou à escola uma dezena de fardas da mocidade e a ordem de preparar outros tantos alunos para, devidamente fardados, participarem num patriótico desfile da patriótica organização a realizar dentro de um dia ou dois na Praça dos Restauradores, seguindo depois para a Sociedade Geografia . Aí iria decorrer uma sessão solene para apresentação das novíssimas fardas, a qual se dignariam honrar com a sua presença, entre outros altos dignitários, Sua Excelência o venerando Presidente da República General António Óscar Fragoso Carmona, Sua Excelência o Senhor Presidente do Conselho de Ministros, Professor Doutor António de Oliveira Salazar e, se bem me lembro, Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, pois sem ele nem a festa se fazia.
..
Um grave problema se deparou, porém, ao professor Clarinha: como fardar, com o garbo e o luzimento que a cerimónia requeria e a categoria de tão excelsas figuras impunha, o número dos seus esforçados recrutas correspondente ao número exacto de fardas que o ministério se dignara atribuir à nossa humilde escola, se a maioria deles não tinha sapatos, pelo menos em condições de condizer com a nobreza das vestimentas novinhas, novinhas em folha.Feito o complicado e moroso inventário, apurou-se que só sete rapazes dispunham de calcantes sofrivelmente compatíveis com a belezura e a dignidade da fardeta. Um dos sete felizardos era eu.
..
Dali a uns dias lá estávamos nós desfilando em volta do monumento aos heróis da restauração, metidos no meio de uma quantidade imensa de galfarros, que nunca tínhamos visto mais gordos e que nos olhavam de soslaio: esquerdo direito, esquerdo direito, e vá de encavalitar dois passinhos mais rápidos, em atabalhoada tentativa acertar o passo com os demais; e vá de estender o braço na saudação nazi (sabia lá eu, então, o que era isso!) e um gajo, que me pareceu meio amalucado, a berrar de cima de um palanque: Portugueses, quem vive? E a malta toda, estendendo e encolhendo o braço e a retorquir Portugal! Portugal! Portugal!, e o gajo a insistir: Portugueses, quem manda? e a malta, num frenesim: Salazar! Salazar! Salazar! (e nós, os da nossa escola, muito aparvalhados interrogando-nos que raio de merda seria aquela, pois o professor deve ter-se esquecido de nos instruir a tal respeito. E bandeiras e pendões a tremular ao vento! E clarins a clarinar, e tambores a tamborilar e lá vamos cantando e rindo, tudo isto numa chinfrineira, num que langor dos trinta diabos, em direcção ào imponente edifício da sociedade de Geografia.
..
Depois de nos arrumarem nas cadeiras, cá bem atrás, que as filas da frente estofadas em veludo vemelho, se destinavam aos senhores importantes. Antes que chegassem o Salazar e o Carmona (a fome aqui era tanta que até me esqueci lhe colocar “excelência” a anteceder os nomes) vieram umas matulonas e uns putos mais crescidos do que nós, cheios de atavios e cordões, chefes de quina ou lá que raio eles eram, distribuir a cada um meio casqueiro com uma grande tora de marmelada, daquela rija e meio seca como eu gosto e um pirololito - aquelas garrafinhas com um berlinde lá dentro (lembram-se?) e que faziam comichão no nariz e umas cócegas danadas na garganta.
..
Deglutida a bucha e como os grandes figurões nunca mais chegassem (é de bom tom as pessoas importantes chegam sempre uma hora depois da hora marcada) a malta miúda começou a agitar-se, a levantar-se, a pedir para fazer chichi … o costume. E também as meninas da mocidade, porque também as havia, começaram a mover-se em direcção à casa de banho ou a comprar rebuçados no bar. Lá vinha um grupo delas avançado a custo através da fila de cadeiras onde eu me encontrava. Ao passar por mim, uma delas tropeçou, desequilibrou-se e caiu no meu colo. Levantou os olhos para se desculpar e oh céus! Oh poderosos deuses e deusas protectores dos amorosos tímidos! Era ela, era a minha amada Nandinha que eles generosamente tinham enviado para mim e depositado no meu colo! Eu não sabia, mas as meninas (que não andavam na escola ao mesmo tempo que os rapazes) também tinham sido recrutadas para a festança e a Nandinha – ao que eu sabia - jamais seria excluída por falta de sapatos.
..
E ali estava ela, ao meu colo, atarantada que nem um passarinho tonto e eu, meio esparvoado, sem saber o que fazer com tão generosa dádiva. Pareceu-me que ia desmaiar. O coração bateu-me forte no peito, o sangue subiu-me às faces, as pernas tornaram-se tão trémulas que julgo que cairia se não estivesse sentado. A atrapalhação da miúda, então, era indescritível. Corou, balbuciou qualquer coisa que eu entendi como um pedido de desculpa (eu já não via nem ouvia direito) e, por entre risinhos e cochichos das companheiras, lá seguiu o seu rumo em direcção aos lavabos das senhoras.Pouco depois, por entre palmas e fanfarras chegaram, finalmente, os gloriosos liders.
..
Seria uma honra, a poucos concedida, ver de perto aquelas figuras tão famosas (tanto assim que nunca mais isso voltou a acontecer-me) mas os meus olhos, desde que descobri o lugar exacto onde a minha diva se sentava, não mais encontraram outro pouso. De vez em quando também ela furtivamente me olhava, para de imediato voltar a cabeça, mas não tardava que os seus olhos voltassem a procurar os meus. Acho que naquele dia ela me terá achado mais atraente do que quando me encontrava na rua e o caso não era para menos, dentro da minha camisa verde, novíssima, calções e meias cor de canela, sapatos a reluzir e a trunfa excepcionalmente penteada a preceito e lustrosa de brilhantina.
..
Dali em diante, sempre que nós encontrávamos na rua, passámos a dizer Olá! E este olá, da forma como era dito, naquela idade e naquele tempo, constituía uma genuína declaração de amor.Não tardou, porém, que o namoro fosse oficializado por escrito. Com a razoável facilidade de escrevinhar com que, modéstia à parte, a natureza (parca noutros dons) me concedeu, garatujei numa folha de papel quadriculado que arranquei do meu caderno de contas, uma patética missiva, na qual em matreiro aproveitamento da sua queda no meu colo, invocava a inevitabilidade de fuga ao amor que o destino nos traçara e concluía com a inevitável e decisiva questão: queres namorar comigo?
..
Só uma semana depois a apanhei a jeito na padaria onde ambos tínhamos ido comprar (ela os papo-secos e eu o pão de mistura) que as nossas mães nos haviam encomendado. Depois do derretido olá, saquei do bolso dos calções o já amarrotado papelinho e rapidamente lho enfiei no cesto do pão. Corámos os dois e rapidamente nos esgueirámos a correr cada um para seu lado, Tão excitado que, pasme-se, até me esqueci de comer o contrapeso pelo caminho -tarefa a que só um caso de força maior, como este, me impediria de cumprir religiosamente.Poucos dias depois, noutra loja, já me aventurei a perguntar de viva voz: então, queres? Disse que sim e foi de mãos dadas que, sem falar (éramos e namorados e pronto) a acompanhei até junto da porta da sua casa.
..
Nessa noite em todas as noites seguintes a Nandinha passou a habitar todos os meus sonhos. Nunca a minha mãe lhe passou pela cabeça que, dum momento para o outro este seu filho, passasse a ser tão solícito voluntário para ir à rua fazer-lhe todos os recados. Da mesma maneira ela inventava toda a espécie de pretextos que sabiamente aproveitávamos, para sair de casa.Os nossos recados incluíam sempre uma volta muito maior do que o percurso necessário para os fazer. No regresso a sua casa, por vezes dávamos furtivos e fugidios e castos beijinhos. Era um deslumbramento! Eram as clássicas imagens de um amor infantil. Único e irrepetívelOs outros putos da rua, se bem que morressem de inveja, mostrava-se bastante solidários e avisavam-me sempre que, distraído com as brincadeiras e correrias, não me apercebia da sua presença. Ò Toino, ò Toino, eh pá vai ali a tua namorada. Durou pouco porém o enlevo desses felizes dias.
..
Foi à porta de um lugar de frutas e hortaliças , enquanto a mãe lá dentro fazia as suas compras que ela, com grossas lágrimas as bailarem nos tais olhinhos da cor do céu, que faziam o meu encanto, me meu a súbita, a inesperada, a terrível notícia de que provavelmente não nos tornaríamos a ver, pois os pais tinham subitamente decidido mudarem-se para Viana do Castelo, de onde eram naturais. Entretanto chegou a mãe com as compras. A Nandinha disfarçou, tentou recompor-se. Eu disfarcei também, fingi que ia a passar e que nada tinha a ver com ela. E com os olhos vermelhos, o estômago doendo e o coração destroçado segui o meu caminho, sem sequer olhar para trás.
..
Só voltei a vê-la mais uma vez, à janela. Um breve aceno, um beijo com os dedos… e a cortina corrida. Para sempre. Nunca mais a vi, nem nunca mais notícias tive, sequer, a seu respeito. Assim acabou o primeiro dos meus amores eternos.
Outros se seguiriam. Todos mais eternos uns do que os outros. E dizer que tudo o que relato aconteceu apenas porque ela tinha sapatos e porque eu, por acaso, também tinha. Aprendi mais tarde que este princípio, de ter ou não ter, vai muito para além de sapatos ou de amor. Quase tudo na vida depende disso
Ter ou não ter é, pois, a questão
_ _ _ _
PS: No caso vertente é motivo para dizer: ainda bem que o meu pai era sapateiro!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É esta a "onda" em que os teus textos me fariam chegar ao olho molhado...se fosse capaz de chorar.
Pudesse eu levar este blogue ao conhecimento de milhares de pessoas...
Que digo eu, milhões, milhões.
Luis Gaspar

28 fevereiro, 2006 18:04  
Anonymous Anónimo said...

Toino
Acabei de ler "To have and not to have"
mais uma vez este teu texto, está
maravilhoso, gostei imenso de tudo o que descreves, fizeste me voltar aos nossos tempos de rapazes.
Ao ler este texto, dei por mim a rir e ao mesmo tempo com lagrimas nos olhos.
Que Deus conserve por muitos anos
essa tua fantastica memoria para nos poderes deliciar com lembranças
desses saudosos tempos.
Um abraço do Raul

28 fevereiro, 2006 18:05  
Anonymous Anónimo said...

Li mais um pouco deste teu blog. É quase irresistível! Esta história do "To have, or not to have"... ainda estou a aprender a profundidade destas palavras.

António: se pudesse realizar apenas um desejo extraordinário, quereria entrar numa máquina do tempo. Fascina-me o passado, mais ainda o passado recente. Gostava de ter o privilégio de ver o Tejo aqui em Lisboa, sem poluição. Límpido, com a sua natureza. E os tais "pirulitos",a "garrafa com berlinde", são referências a guloseimas irresistíveis que meus pais ás tantas fazem, e me despertam a maior curiosidade. SIM... uma máquina do tempo. Como gostaria!!!

Obrigada por me permitires "viajar" para esses tempos, graças ás tuas memórias. O Tejo, límpido, tive o privilégio de o ver na foz, a brotar de uma caverna, um fio de água fria e transparente, depois uma poça um um lago, em Espanha.

PS: este texto está em tudo igual aos últimos posts. DELICIOUS! Delicosa história de amor (puppy love), com que todos se podem identificar!

11 outubro, 2007 22:20  

Enviar um comentário

<< Home